Consórcio Planalto vence leilão da BR-050 com deságio de 42,38%
Por Leonardo Goy e Anna Flávia Rochas
SÃO PAULO, 18 Set (Reuters) - O Consórcio Planalto venceu nesta quarta-feira o leilão de concessão do trecho da rodovia BR-050 entre Goiás e Minas Gerais, oferecendo um deságio de 42,38 por cento em relação à tarifa-teto do pedágio fixada no edital da disputa.
Com isso, o governo conseguiu dar o pontapé inicial ao seu ambicioso programa de concessões em logística de centenas de bilhões de reais, principal aposta do governo para reativar a economia brasileira.
O consórcio --formado pelas empresas Senpar, Construtora Estrutural, Construtora Kamilos, Ellenco Construções, Engenharia e Comércio Bandeirantes, Greca Distribuidora de Asfaltos, Maqterra Transportes e Terraplenagem, TCL Tecnologia e Construções e Vale do Rio Novo Engenharia e Construções-- ofereceu tarifa de 0,04534 real por quilômetro.
O grupo venceu concorrentes como CCR, Ecorodovias, Arteris, Triunfo, Odebrecht e Queiroz Galvão na disputa pela BR-050.
Somente na área rodoviária, o plano do governo prevê a concessão de nove trechos de rodovias (incluindo a BR-050), em um total de 7 mil quilômetros de vias que receberão quase 52 bilhões de reais de investimento privado.
O trecho licitado nesta quarta-feira, de mais de 400 quilômetros, liga Cristalina, em Goiás, um dos principais produtores agrícolas do Brasil, à divisa de Minas Gerais com São Paulo, passando pela região do Triângulo Mineiro.
A intenção do governo era ter licitado nesta quarta também a concessão da BR-262, entre Minas e Espírito Santo. Mas, preocupados com os riscos relacionados à participação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) na duplicação da rodovia, investidores recusaram-se a apresentar propostas.
Na terça-feira, o ministro dos Transportes, César Borges, disse que o governo leiloará a BR-262 no futuro, mas não há uma data definida para isso.
O governo vai ainda redefinir o cronograma dos leilões. O da BR-101, na Bahia, que estava previsto para 23 de outubro, foi para o fim da fila. A concessão da estrada também teria a participação do DNIT nas obras.
(Reportagem adicional de Guillermo Parra-Bernal)
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